sexta-feira, 4 de junho de 2010

Primeira Vez

Pensou besteira?
[RISOS]
Pois é! Que mente poluída, caro leitor!
Você deve estar se perguntando o motivo de eu ter escolhido esse título se não vou falar sobre ações resultantes de hormônios em fúria! Escolhi esse título porque, como este ano é muito especial (é o 20º ano da minha vida!), resolvi fazer uma retrospectiva e falar sobre todos os fatos engraçados, trágicos e emocionantes que me ocorreram ao longo desses anos.
Essa primeira vez refere-se à minha primeira paixão, que, por sinal, foi muito estúpida! ¬¬'
Ele estava "autistando" enquanto eu brincava de casinha no recreio (dá um desconto! Eu só tinha quatro anos!). Eu era a mãe, como sempre, mas faltava um pai. Ele era o único otário... digo... menino por perto, então eu o puxei e disse: "você é o meu marido!". E como todo otário... digo... menino de 4 anos, ele disse: "Tá bom!" e apenas sentou na mesinha ao nosso lado, me puxou para que me sentasse ao lado dele e disse "Te amo, querida!". Nesse momento meu coração disparou! Era a primeira vez que alguém mentia... digo... dizia que me amava sem ser da família! Tratei-o como MEU! Dei comidinha (era um prato com pedras dentro! Quanto amor, não?), dei carinho (batia nele sem parar! Era assim que via nos desenhos.) e atenção (ele falava e eu fingia que ouvia pra ganhar biscoitos!). Era muito amor ¬¬! Quando o sinal do fim do recreio tocou, ele me levou até a nossa sala de aula (era um quarto minúsculo com o alfabeto na parede).
No dia seguinte, eu o cumprimentei com um beijo no rosto e depois um tapa no braço (como disse antes, era assim que eu via nos desenhos). Em seguida ele olhou pra mim e, com todo amor, disse: "ECA! Que nojo! Beijo de garota! Será que eu vô ficar feio? Será que eu pego sapinho?". Diante daquelas palavras, com muita força e controle, eu disse: "POR QUE ISSO? VOCÊ DISSE QUE ME AMAVA!" (eu não era nem um pouco dramática!). Percebi que meu pequeno e frágil coraçãozinho estava em pedaços! Comecei a chorar e não parei até a hora da saída (como eu disse antes, nunca fui do tipo dramática).
Resolvi que não perturbaria meus pais com o assunto quando chegasse em casa! Ao pisar na entrada de casa e abrir a porta, respirei fundo e, com todo controle de minhas emoções, chorei o mais alto que pude! Quando minha mãe me perguntou o que havia acontecido, eu estava decidida a não contar o que ocorrera. Então, com muito  muito mais controle (como seu eu tivesse algum¬¬) eu não disse o motivo de eu estar chorando. Ao invés disso, eu contei que tinha um namorado ontem e que ele havia terminado tudo hoje (parece com a realidade feminina do século XXI? Impressão sua!).
Minha mãe sempre foi muito sábia e, diante de uma situação daquelas, ela me deu o melhor conselho que uma garotinha na minha situação poderia receber. Ela disse: "Amanhã você bate nele e depois vai ver televisão!" (ela não falava sério. Mas também não considerou minha mente "superdesenvolvida" de uma menina de 4 anos!)
No dia seguinte, levei o "conselho" de minha mãe ao pé da letra e soquei os "preciosos" do menino! Diante dos gritos e choros de dor do garoto me senti mal. Mas isso só durou três segundos porque logo depois eu estava rindo da cara dele e me sentindo bem (sempre tive muita compaixão para com os outros).
Resultado: Fiquei de castigo (não podia sair do quarto mas fazia tudo o que eu queria  la dentro! Era tão bom ficar de castigo!) e o menino ficou sem andar por uma semana!

Lição aprendida: A paixão dói! Mas sempre doerá mais neles! [RISOS]

14 comentários:

  1. ADOREI!principalmente,a moral!mas essa história é retrato do que acontece com todas as idades :( mas to curiosa pra saber mais!:D

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  2. 1º: ri demais
    2º vc escreve muito bem..

    rs

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  3. Parabéns pelos trocadilhos inteligentes e muito bem humorados!!!

    1º: coitado du mininu
    2º: Blog é coisa de velho

    Huahuahuahua

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  4. adoreeeeeeeeeeeeeeeei !!! já virei fã ... ops !eu sou amiga ATA DESCULPA! AHUAHAUHAUHA

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  5. BRAVO!!!
    seguindo a tradição familiar de ser brilhante...

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  6. Ah, que fofinho. Eu tb tive uma paixão parecida. O ápice do nosso relacionamento eram os beliscões. Doía mesmo. rs

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  7. oooooownt *-*, lindo lindo lindo :)

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  8. muito engraçadooo, ai pra uma menina de 4 anos e pra uma de 30 a situaçao de aplica em todas as ocasioes só nao vale bater nos paises baixos rsrsrssrrsrs

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  9. O.O Tipo assim, eu fui o úniico que fiquei com medo mesmo??? Kkkkkkk'

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  10. (Olha a Jessica aqui em cima.. oO)

    Então.. Bem... Se eu dissesse q... algo assim já aconteceu comigo mas..... Eu era a parte masculina da história?....................
    sorte minha q ninguém bateu nos meus "preciosos"! XD

    Muito bom o post!!!

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  11. Oi Livia! Fiquei muito feliz com seu email; saber que A ovelha e o dragão te inspirou é motivo de imensa alegria para mim..E adorei seus posts, vc tem muito talento pra escrever também! Abraços e q Deus te abençoe sempre!

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